2020 - Atual
Classificação morfológica de embriões humanos utilizando processamento de imagens digitais e redes neurais artificiais, Descrição: A definição da qualidade do embrião no processo de fertilização in-vitro é essencial para que menos implantações sejam realizadas, diminuindo os riscos à paciente e ao feto. Atualmente, para classificação baseada na massa celular interna, trofectoderme e expansão do blastocisto, parâmetros estes relacionados à morfologia do embrião, tem sido utilizada a microscopia óptica como método de análise. Entretanto, esse processo realizado pelo embriologista é tido como subjetivo, uma vez que a definição da qualidade embrionária está condicionada à experiência e condições de percepção no momento da classificação. Esse cenário culmina em taxas mais baixas de gravidez provenientes da fertilização in-vitro, e neste contexto, a padronização da classificação por técnicas de processamento de imagem e inteligência artificial (IA), mais especificamente redes neurais artificiais (RNA), apresenta-se promissora.
A principal vantagem das RNAs se caracteriza em sua facilidade no reconhecimento de padrões, tornando-as eficientes para a classificação morfológica de embriões humanos. Essa tecnologia de IA se fundamenta no funcionamento de neurônios biológicos no processo sináptico, baseando a aprendizagem de máquina na interação de unidades de processamento interligadas, cuja comunicação é mediada pela ativação de funções matemáticas, processo similar aos impulsos nervosos na sinapse biológica. Todavia, para que haja modelagem de uma RNA de classificação morfológica, é necessário que dados sejam extraídos por técnicas de processamento de imagens digitais.
Tais imagens são obtidas através de incubadoras embrionárias que permitem o acompanhamento do desenvolvimento do embrião, como o equipamento EmbryoScope, que já possui uma tecnologia de IA baseada em RNA desenvolvida para análise morfológica de embriões humanos. Entretanto, a incubadora Geri apesar de sua eficiência equivalente ao EmbryoScope e importância no mercado mundial, não possui esse tipo de tecnologia associada à classificação morfológica embrionária. Este equipamento possui diversas características durante a captação de imagem que o diferem do EmbryoScope, tais como a quantidade de planos focais, distância entre eles, ajuste de foco, contraste e alinhamento de câmera, tornando inviável a utilização da mesma arquitetura de RNA.
À vista disso, este projeto objetiva o desenvolvimento de um software para classificação morfológica de embriões humanos através de técnica de IA, mais especificamente as RNAs, utilizando processamento de imagens provenientes da incubadora Geri. O processamento destas imagens já obtidas via parceria com clínicas de reprodução assistida permitirá a extração de variáveis como contraste, homogeneidade, área da massa celular interna, expansão do blastocisto, entre outras, somando ao todo 33 variáveis relevantes à morfologia, e necessárias para modelagem da RNA de classificação embrionária.
A partir das variáveis será possível o treinamento de RNAs com o auxílio de algoritmos de supervisão, funções matemáticas tanto para treinamento, quanto para definição do grau de interação entre unidades de processamento, modelando a arquitetura da rede a fim de se obter a melhor RNA capaz de padronizar a avaliação morfológica, contribuindo para a diminuição da subjetividade na análise de embriões humanos.. , Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. , Alunos envolvidos: Graduação: (1) . , Integrantes: Gabriel Martins Pinheiro - Coordenador / José Celso Rocha - Integrante.
2016 - 2017
Status e conservação da arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) no Brasil, Descrição: A arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) é uma espécie considerada vulnerável à extinção segundo a IUCN (International Union for Conservation of Nature), mas saiu da Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção e consta como fora de perigo de extinção. Estima-se que existam aproximadamente 6.500 indivíduos de A. hyacinthinus em vida livre, os quais estão distribuídos em três regiões principais no Brasil: no Pará (leste da região amazônica e oeste de Altamira), no nordeste e centro do país (região entre os estados do Tocantins, Piauí, Maranhão, Bahia, Minas Gerais e Goiás) e no Pantanal Matogrossense, região na qual se encontra a maioria dos indivíduos. Entretanto, a real distribuição das populações é incerta. Trabalhos de genética de populações têm mostrado diferenças na composição genética entre indivíduos de localidades diferentes, podendo apresentar, pelo menos quatro unidades evolutivas significativas, ou seja, essas populações estariam evoluindo de maneira distinta. E essa diferenciação pode ser esperada, já que cada localidade de ocorrência da espécie apresenta fitofisionomia bastante distinta. No Pantanal do Mato Grosso do Sul, a população está se recuperando graças ao esforço intenso do Projeto Arara Azul atuando na região e essa foi a justificativa no Ministério do Meio Ambiente para retirar a espécie da lista de espécies ameaçadas do Brasil. Entretanto, pouco se sabe com relação às populações residentes em outras regiões brasileiras. Perdendo essas populações, parte da variabilidade genética existente na espécie seria perdida e nessas regiões, a espécie possui adaptações locais. Análises genéticas mostraram diferenças entre as araras-azuis do norte e sul do Pantanal (uma localizada em Barão do Malgaço/MT e outra Miranda/MS), sendo necessário um estudo da população residente na área entre as duas. Assim, o presente trabalho pretende realizar uma expedição para estudar a população de araras-azuis na divisa entre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do sul e uma vasta pesquisa e compilação de registros da literatura e busca com moradores locais através da internet sobre reais registros dessa espécie no país. A informação gerada irá contribuir para o conhecimento sobre o real status de conservação dessa espécie, assim como obter dados e materiais biológicos para futuros estudos ecológicos e genéticos com as araras-azuis, além de subsidiar os Plano de Ações Nacionais desenvolvidos pelo IBAMA e que contemplam essa espécie.. , Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa. , Integrantes: Gabriel Martins Pinheiro - Integrante / Flavia Torres Presti - Coordenador / Fabíola Dorneles Inácio - Integrante., Financiador(es): Loro Parque FundaciÃn - Auxílio
financeiro., Número de produções C, T & A: 1